Itaperuna | Estacionamento rotativo longe do interesse público

Foi votado na noite desta segunda (05/10), na Câmara dos Vereadores de Itaperuna, pela segunda vez, o projeto de lei de autoria do Poder Executivo que versa sobre a implementação do estacionamento rotativo em Itaperuna.

Na primeira votação o mesmo foi aprovado pela maioria absoluta da casa, votando contra somente os vereadores Franciney Luiz de França (França Bombeiro), Rogério Bandoli Boechat (Rogerinho) e Marcus Vinicius de Oliveira Pinto (Dr. Vinicius). Nesta segunda votação, as posições se mantiveram e os 3 votaram contra novamente.

Este projeto gera grande polêmica na cidade, segundo as más línguas, mesmo com o edital de licitação da concessão do serviço ser publicado, o governo já contaria com uma empresa preferencial para gerir o novo sistema, e coincidência ou não, a empresa que seria a preferencial é a Vieira Stones, a mesma que já se beneficia do milionário e ineficaz contrato de terceirização de coleta de lixo.

Vereadores que votaram contra o projeto:
França Bombeiro, Dr. Vinícios e Rogerinho
O projeto por exemplo não oferece absolutamente nada como retorno aos contribuintes, em momento algum a prefeitura menciona qual destinação da receita gerada, e muito menos os percentuais de lucro a serem obtidos pela empresa vencedora da Concorrência Pública, como exemplo, deixo o alerta aos usuários que pagarem para estacionar seus veículos, que qualquer ocorrência que houver, nem município e muito menos a empresa concessionária se responsabilizarão pelo dano ou furto.

O período de concessão aprovado é de dez anos com possibilidade de renovação por igual período, ou seja, a empresa vencedora ficará 20 anos faturando dos itaperunenses sem oferecer benefício algum para os mesmos

O estacionamento rotativo somente teria sentido se o mesmo tivesse como objetivo em sua criação em benefício a alguma instituição social comprovadamente de interesse público, deste modo sem dúvidas que o contribuinte itaperunense não se importaria com mais este peso tributário em seus ombros.

Ocorre que este projeto visa tão somente a contratar uma empresa para obter lucro com os contribuintes, e a contrapartida exigida no projeto chega a ser risível, pois a única coisa que consta como exigência está na construção de sanitários urbanos, em número quantitativo não menos do que quatro, ou seja, a empresa vencedora deste grande negócio se construir somente cinco banheiros, ela já estará com sua contrapartida cumprida.

A grande pergunta que temos que direcionar para o presidente da câmara, que defende o projeto, e aos demais vereadores que votaram a favor em primeira e segunda discussão e votação, é qual será o benefício concreto que os contribuintes de Itaperuna terão como retorno? 

Porque não estabelecer uma parceria entre prefeitura e a instituição social administrada pelo padre Geraldo por exemplo? 
Ou até mesmo para direcionar o lucro arrecadado para o atendimento público do Hospital São José do Avaí?

Clique imagem e amplie para ler o projeto
Fato é que a sociedade sofreu um duro golpe, este projeto somente atenderá aos interesses econômicos de parceiros comerciais do grupo político dominante em Itaperuna, um verdadeiro absurdo sob todos os aspectos.

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