Italva | Condutas, reflexos e prognósticos políticos

A sessão-rolo-compressor realizada na Câmara de Vereadores de Italva no dia 27/10/2015 teve enorme repercussão tanto nas redes sociais como nas ruas de Italva, a população que aparentemente não tinha muito conhecimento dos trabalhos legislativos, a maioria ficou perplexa com tamanha baixaria promovida pelo presidente-destemperado.

Na primeira publicação sobre a sessão-rolo-compressor eu apenas havia feito uma dissertação sobre a condução da referida sessão ordinária, faltando nominar os personagens e suas respectivas posições, e nesta reportagem venho me reportar aos personagens que atuaram contra e a favor do interesse público.

A complexidade que envolve este tema merecia um debate mais amplo e aprofundado acerca dos motivos e do destino dos recursos que serão antecipados, e mais, se existe por parte do governo algum plano estratégico futuro para a prefeitura se manter em funcionamento com as deduções dos royalties que serão antecipados, pois é fato que este recurso sofrerá uma queda substancial em seus repasses no futuro.

Se o governo “Leozinho Guimarães” fosse minimamente transparente, qualquer cidadão italvense teria acesso aos dados oficiais que justificariam tal decisão, é inconcebível que o município se encontre em uma crise e o prefeito conduz a mesma de maneira desonesta e entre quatro paredes com o presidente da câmara neste conluio nocivo ao erário público.

Até o momento não foi veiculado em lugar algum onde especificadamente esses recursos serão aplicados, e muito menos quais seriam os motivos que levaram o executivo a admitir a falência orçamentária ao recorrer a este “benefício”.

Votaram a favor do escárnio orçamentário os vereadores Dinho da Farmácia, Zico Melo, Ademir Cararine, João Nogueira, Alcirley Lima e o presidente-ditador Wilson Nogueira.


O atropelo regimental praticado pelo “Ditador-Legislativo” é típico do ranço autoritário de políticos retrógrados, que tiveram seu apogeu-eletivo no período da ditadura militar, pois ao assistir os arroubos arrogantes do presidente da Câmara de Italva, me vieram à memória ditadores como o General Emílio Garrastazú Médici, ou o destemperado General Newton Cruz.

Quando assistimos uma sessão legislativa, em que mesmo com um expressivo público presente e com diversas câmeras apontadas a ele registrando tudo, e mesmo assim o presidente não se constrange nem um pouco com seu autoritarismo, verdadeiro desprezo ao estado democrático de direito quando observa-se que o presidente da casa que deveria ser do povo, cerceou este mesmo povo de se manifestar acerca de pauta tão relevante.

Saliente-se que três vereadores se posicionaram de maneira independente na defesa pela ampliação do debate dentro do que determina o regimento interno da câmara, são eles os vereadores Joel Enfermeiro, Antônio Elias e Herivelto Cordeiro.


O cenário relatado acima, tomando como base todos os registros oficiais veiculados, não deixam sombras de dúvidas que a sociedade de Italva está refém de uma descarada tirania legislativa, onde não se fiscaliza e muito menos se legisla, apenas regulamenta manobras espúrias e contrárias ao interesse público.

Não se iludam cidadãos de Italva que esta manobra financeira para antecipação dos royalties é típica de um governo que sabe que não permanecerá, e nada mais oportuno pra fazer caixa eleitoral com esta bolada que chega a menos de um ano das eleições de 2016. 



Fiquem atentos na aplicação desses recursos, fiscalizem e cobrem do governo um plano de investimento decente transparente e sustentável, para que boa parte desta antecipação não seja de fato a "antecipação" ilícita de um possível financiamento eleitoral extemporâneo.

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